Frutas Nativas em Destaque

Conheça os sabores que regeneram a floresta

Cada fruta nativa carrega o sabor da Mata Atlântica, a força da biodiversidade e o conhecimento de quem cultiva com respeito ao território.

Descubra as espécies que fazem parte do Empório Mata Atlântica!

CAMBUCI

Fruto em formato de disco voador, de cor verde e perfume marcante. Tem sabor azedinho e polpa cremosa, perfeita para doces, molhos e bebidas.

Nome científico: Campomanesia phaea

Origem e papel ecológico: Nativo da Mata Atlântica do Sudeste, cresce em áreas úmidas e quentes. Atrai a fauna e auxilia na regeneração de áreas degradadas.

Benefícios nutricionais: Rico em vitamina C, taninos e fibras. Fortalece o sistema imunológico e tem propriedades antioxidantes.

Usos culinários e medicinais: Sucos, cachaças, xaropes, molhos, doces, farinhas e geleias. Pode ser armazenado congelado por mais de 1 ano.

Curiosidade: Sua cachaça é feita há séculos. O Cambuci é consumido tradicionalmente por indígenas e por tropeiros, há mais de 400 anos.

UVAIA

Fruto amarelo-dourado, aromático e de sabor doce-azedinho. Bastante nutritivo, rende sucos e compotas deliciosas.

Nome científico: Eugenia pyriformis

Origem e papel ecológico: Presente no Sul e Sudeste, especialmente na Serra do Mar. Cultivada em consórcios com outras nativas.

Benefícios nutricionais: Altíssimo teor de vitamina C e boa fonte de vitamina A. Atua no controle do colesterol e no combate ao envelhecimento celular.

Usos culinários e medicinais: Sucos, geleias, licores e sorvetes. Polpa delicada e aproveitamento integral.

Curiosidade: Seu nome vem do tupi “ubaia” – fruto azedo.

JUÇARA

Fruto escuro e brilhante, semelhante ao açaí amazônico. É símbolo de reflorestamento e conservação da palmeira Juçara.

Nome científico: Euterpe edulis

Origem e papel ecológico:  A palmeira da Juçara está presente em toda a Mata Atlântica. É alimento para mais de 70 espécies da fauna.

Benefícios nutricionais: Quatro vezes mais antocianina que o açaí, alto teor de ferro e potássio.

Usos culinários e medicinais: Polpa usada em cremes, geleias, sucos, vitaminas, bolos e compotas.

Curiosidade: Ao contrário do palmito da palmeira, o fruto pode ser colhido sem matar a planta — tornando-se uma alternativa econômica ecológica.

JABUTICABA

Fruta de casca escura, polpa doce e suculenta, que cresce diretamente no tronco da árvore. Um clássico dos quintais brasileiros, carregado de memória afetiva e potencial gastronômico.

Nome científico: Plinia cauliflora

Origem e papel ecológico: Nativa da Mata Atlântica, é abundante em áreas de quintal e matas ciliares. Seu fruto atrai abelhas, aves e mamíferos, contribuindo para a polinização e a alimentação da fauna.

Benefícios nutricionais: Rica em antocianinas (com ação antioxidante), cálcio, ferro e vitamina C. Auxilia no combate a inflamações, no fortalecimento da imunidade e na saúde cardiovascular.

Usos culinários e medicinais: Muito versátil: pode ser consumida in natura, em sucos, vinhos, geleias, licores, doces, bolos e picolés. Também é usada na medicina popular para tratar inflamações e problemas digestivos.

Curiosidade: A jabuticabeira é uma das árvores mais queridas da cultura brasileira. Frutifica no tronco, criando um visual único que encanta crianças e adultos. Era comum em quintais do interior e é símbolo da infância de muitos brasileiros.

ARAÇÁ

Fruta pequena e perfumada, de sabor doce. Similar à goiaba, mas com aroma ainda mais intenso.

Nome científico: Psidium cattleianum

Origem e papel ecológico: Nativo da Mata Atlântica do Sul ao Norte. Cresce rápido e é ótimo para reflorestar áreas degradadas.

Benefícios nutricionais: Vitaminas A, B e C, proteínas e antioxidantes. Tem ação anti-inflamatória.

Usos culinários e medicinais: Sucos, sorvetes, doces, geleias e licores.

Curiosidade: Há dezenas de variedades, como araçá-vermelho, rosa, amarelo e araçá-boi.

GRUMIXAMA

Fruta que mistura o sabor da jabuticaba com pitanga. Doce, suculenta e pouco conhecida.

Nome científico: Eugenia brasiliensis

Origem e papel ecológico: De porte médio, é excelente para reflorestar e atrair fauna.

Benefícios nutricionais: Rica em vitamina C, complexo B, flavonoides e antioxidantes.

Usos culinários e medicinais: Geleias, licores, compotas e suco.

Curiosidade: Frutifica entre novembro e dezembro. Seu nome vem do tupi "guamixã", que significa "o que pega na língua". Na cidade de São Paulo ainda é possível encontrar exemplares em ruas e avenidas.

Fonte da pesquisa: PEREIRA, M. A. C. et al. Frutas nativas da Mata Atlântica: importância, oportunidades, desafios e o papel da agroecologia para sua difusão. 1. ed. Atena Editora, 2024. DOI: 10.22533/at.ed.32124162422.